sexta-feira, 18 de junho de 2010

O susto do vento

Solidão de meus pesares que sente-me

E sempre vejo, pois enxergo além

Muito além do escancarado

Que oscila entre a cama e endereços

Entre medos e lençóis, a ânsia do desmoronamento

Camuflar, camaleado de cores azul anil

Pra cobrir a tormenta dos meus dias

De noites sóbrias e apavoradas

Amedronta-me a interpretação do vento

Que é o curinga do meu quarto

Personagem invisível nas minhas costas

Que brinca com o movimento

Que é de fases, faz do vento lua

E conversa o dialeto da árvore

Recusável companhia.

Stênio França, 13 de junho de 2010.

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