Acuando
De uma ponta a outra
Num balanço a outro
Esse líquido – sem cor.
Desprendo de ângulos
E espremo essa água contida
Que mesmo de tanto piscar
De olhos ver só cair uma gota
Serena...
Uma conta do céu.
Stênio França, 26/12/2011.
Stênio França, 19/06/2001.
E já que a janela se abriu, eu pedi que todos os medos tivessem o caminho de ida sem volta, ou pedisse carona do vento naquela hora que saia, entrava e engolia a aflição abafada e a felicidade eminente naquela noite de chuva calma e corpos quentes. Eu fiz promessa, eu explodi, e senti ali a eternidade em uma noite, de uma só vez.
Stênio França, 21 de Fevereiro de 2010.
Como se...
Uma chuva forte mandada
Mostrasse novos tempos e delírios naquela noite
Escondidos debaixo no narizinho enfeitado do menino agridoce
Que sonhava junto uma nova forma de gostar e ser feliz
Como se...
As lágrimas ansiosas (guardadas há muito tempo, prestes a explodirem)
Formassem grandes pingos que caiam do céu-azul chuvoso na noite atropelada
A noite sem chão, mas colorida
Que chegou e cuspiu todos os desejos incumbidos
Gritados por toques, mãos e derivados.
Stênio França, 17 de Janeiro de 2011.
Em um frasco - púrpura,
Levo tuas mãos sorrindo
Teus olhos dormindo
E o teu jeito brincado
No meu peito
De sonhos...
Induzo o desejo
Guardo segredos
Nos teus braços
De ser tua alma
Dentro de mim.
Sugo esperto o teu pólen
Confesso...
E Vejo em ti
As cores do céu com apego.
Stênio França, 09 de Dezembro de 2010.