terça-feira, 27 de abril de 2010

A procura feliz



Usar armas, matar todos se necessário

Armadilhas e emboscadas, preciso pega-la

Correr, suar, agir, quero gerúndio

Cair, ferir, sangrar, mas alcançá-la

Ser da guerra, guerreiro sujo e pintado

Fuzilar inimigos ser fuzilado, metralhado de querer

Estender as mãos, descansar do óbvio, delirar

Deitado eu sonho, acordo e sonho

Sonhando viro rei e na terra vira lei sonhar

Confuso é separar o real

Triste dos que apenas dormem e acordar nunca mais

Em pé é mais fácil, os pés ajudam

bate um no outro, com um só objetivo

A busca tal da felicidade que transborda anseios e faz transparecer vontades

Almejo as minhas

E segue os rastros, pelo caminho mais longo, mas segue

De fato estar lá, encima do castelo mal assombrado, do monte, bem no topo

Pois o grito se faz em letras, a busca se faz na vida

Dessa forma, ecoada

Uma letra e vidas nela

Querendo Procurar lugares e situações

Dizer que lá ela se faz sentir

Os sons, vozes e uma musica

Porta fechada, mentiras implícitas

E no final deteriora-se, vira fumaça

E assim a cortina do mistério se abre

E tudo começa, como um clico, mais uma vez

Porque em gavetas de tristezas existe a peça pra combinar

O jeito certo de procurar, sempre.

Stênio França, 24 de Abril de 2010.



sábado, 24 de abril de 2010

Vou ter poder


Poder sorrir, ir, rir

Poder agir e ser igual no passado

Poder não julgar, não ter júri, juras

Voltar pro normal de mim

Voltar pro existente, vivente

Voltar sem mágoa, revigorado e cheio de vontades

Querer tudo de volta, e sem rancor, sem medo

Querer doces, chocolate e um pirulito no lugar do arroz

Ter carrinho ao invés de carrão

Ter a saia ao invés do banheiro pra chorar

Ter amigos imaginários e não demônios

Vou ter poder.

Laydson Stênio, 17 de Abril de 2010.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ele, ela e a felicidade.




Ela: Hoje percebi que tenho um dom, o de te deixar sem graça

Ele: Hoje eu percebi que a graça fica escondida pra você aparecer

Ela: E que entre risos e poemas a noite somos únicos, criados para completar um ao outro.

Ele: Fazendo jeitos, efeitos e uma trilha pro paraíso feito de nozes

Ela: Doce como suas palavras, nosso abraço, cantarolando melodias de uma canção que nos embala,

Me derrete, te acalma

Ele: Poderíamos ser pra sempre assim, castos, pequenos e cheio de sonhos maiores que o mundo

E Lembra que o mundo cabe na sua bolsa.

Ela: E que de seu caderno antigo, já gasto, saem palavras a tropeços, desvairadas de atenção.

Graças enfim, pois só assim se pode desfrutá-las, que vê

Ele: você chora e eu o lenço

você rir e eu o bobo da corte

você bela e eu a fera

Ela: você passa, eu assovio

você me mostra, eu aprovo

você me torna, eu aprendo

Ele: Porque de você sai rimas, poemas e uma bossa, puramente pura, doce e veneno, assim.

Ela: E de você ternura, meus sonhos reais em suas mãos possíveis.

Seu bem que me faz bem, seu amor que me faz amar

Ele: Vamos pular nisso agora, pra adrenalia entrar, correr e ficar, agora

Porque Nela tem eu, letras, palavras e um pedaçinho do ceu: Você.

"Tem que ser rapido pra nao deixar as palavras correm de gente

Vai, continua, pegou o que eu to pensando?

Peguei, ele passou aqui em frente agora mesmo."

Ele: Deixa-me pra sempre aqui, do lado, na frente, vivendo o utópico que é viver você.

A gente vai e não olha pros lados, apenas caminha.

Deixa eu caminhar e segurar tua mão..

Ela: E me deixa ser tua, sempre.

Amiga, amada, amante

Meu ombro é seu.

Deita e se faz deitar.

Ele: Quando eu me canso lembro, quando lembro eu sinto você

Faz a parte boa que eu faço a melhor, cuidar-te.

Ela: Então me cuida que eu tento parar de jogar esse jogo de ir e voltar.

Um dia aqui, outro lá porém sempre perto, presente em ti.

Ele: Para, não foge nem se esconde, faz isso que eu te caço, procuro, cheiro o teu rastro.

Ela: Posso dormir e sonhar acreditando que o presente nunca ficara no passado?

Essa promessa, eu te faço. Nosso presente, nunca passado.

Ele: Nosso sempre, minha bela.






Bell e Stênio, 17 de Abril de 2010.

sábado, 17 de abril de 2010

Quase chuva


A chuva cai e perturba os pensamentos e acalmando-os também

Ela vem, molha e não para. Continuidade, vida

Molha a alma e refresca a mente

Remédio do tédio, ouro do sofrido

Chega e faz acontecer, faz aparecer, cria

Cuida da mãe e reproduz natureza

Poderia ela acalmar-me assim

Poderia ela molar as magoas molhadas e descansar as pálpebras cansada

E ela tem o amigo mais bonito, vento

Aproveita ele e derruba o negativo. Leva o ânimo

Aproveita ele e bagunça a tela escura, jogo cores e alegra

Chuva-da-mente, não pare de cair, não pare de chorar.

Laydson Stênio, 16 de Abril de 2010.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Assim





Pra escrever eu preciso viver, preciso estar

Porque tudo rápido é contraditório e derrama controversas

E nem sei aonde vou parar, nem sei o sentido certo dos ventos

Eu apenas caminho e caminho.

Belo feito o dia, cinza pro desconhecido

E poderia me esconder e fugir da cause nostalgia

Abro as mãos e com os braços e um sorriso eu aceito

O individuo e uma bolsa

A criança chorando e a mãe pra amamentar

Rir com os olhos e encanta com os atos, trivialmente

Desenha o lugar, pinta colorido e faz desse o nosso, apenas

Fazer risos no canto da sua boca, até...

Faço a parte e relato as coisas se arrastando na superfície

Esperando e querendo, me apoio no filme romântico

Na frase perfeita, nos conceitos mais conceituados

Na busca incansável, no desejo mais puro.

Grande, belo e só.

Poderia ficar pra sempre aqui, assim, deitado.


Laydson Stênio, 13 de Abril de 2010.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Nada vida




Porque o nada me faz assim: intrigante, revigorado

Remete-me ao ato a pratica, glorias e um Oscar

O quase nunca pode ser nada, ao menos que seja você

Tem um caminho mais rápido, rua, estrada, ponte ou um atalho?

Tem um desejo que esmaga o coração e esgana a calma

Nada pode dar certo, as coisas na superfície sempre dão certo

Vazio preenche as noites e a luz é renegada na ocasião

Musicas encantam o tédio e o nada agradece

Quem entende, quem escreve e ler a lição da vida?

Nada pode ser lindo e maravilhoso,

lembra do positivo

Praticando exercícios vitais

A natação do nada

A malhação da calma

A dança da tranqüilidade.

Pensando, ligando, andando, tentando

Vencendo as coisas

Meu nada são letras, frases e um poema.

Stênio França, 06 de Abril de 2010.