quinta-feira, 24 de junho de 2010

Deus do sonho



Quando saio na linha da vida

A luz do meio-dia declama meu chegar

E barra o tardo na porta de saída

Cansada de guardar meu sono, boceja pra libertar-la

E pra disparar tiro feito penas de salivas sobre o esgoto da inconsciência

E mesmo que sonolento

O gosto da vida me chama pro café perdido

Vou de pés calçados de conjuntura ritímica

E o sangue parado toma gosto pra coisa

Fervem em densos movimentos e os meus pés levantam vôo

Representado como um jovem destro e enérgico, salto!

Transforma-me em Hermes de súbita metamorfose

Fazendo-me deus do sonho, dono de mim

Pois minhas asas são de aço

Minha alma é de nuvens

Minha vida é de Vênus

É de sonhos.

Stênio França, 19 de junho de 2010.

Um comentário:

  1. vc ta voando.
    virando poeta dos que escrevem sobre aquilo que não entendemos.
    ^^

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