quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Visita

Cheguei rápido, cansado e com pingos quase invisível de suor no meu cangote

Cheguei imaginando tudo diferente, e tudo se diferenciou

Parei, cumprimentei, sentada ficou e cansando olhei

Meu corpo despencava por dentro e por fora, existem porquês.

Eu deveria estar lindo, angelicalmente lindo e de vermelho

Olho, tiro, cabeça vira, olho, cabeça fica, me escondo

Eu não entendia nada do que aconteceu e também não entendia nada do cordão

Eu só sei que já gostava do seu novo All Star preto

Desenhando jeitos, descrevendo atos, queria ser telepático

Queria sumir mais também queria ficar e entrar, entra-la

A cabeça e o corpo de terceiros escondia minha vergonha nítida, fico na reta guarda

Compromissos já não eram compromissos naquela hora, eu vejo melhor estando alí

Preciso respirar-la e ter a certeza de que hoje ela fica e no meio desses pensamentos imaginar o casamento

E se ficares eu mostrarei montanhas, céu, fadas e um cavalo marinho, viaja comigo?

E tudo que eu precisava era de um abraço, certeza das coisas

O abraço que diz não me deixa mais, o abraço que grita carente

Precisava ver as cores que saem do seu olho, o amarelo mais perfeito

Sentir as coisas, o como você anda, escova os dentes, assisti TV, deita no chão, vive

Às vezes eu consigo ver saindo vergonhosas sem jeito e pelo cantinho as suas asas, grande, branca e lindas.

Me leva agora e me leva embora.


Laydson Stênio, 10 de Fevereiro de 2010.

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