sexta-feira, 20 de março de 2009

A minha metade




Eu não sei bem li dá com isso, viver, esperar e procurar uma cara metade me faz lembra dos meus 10, 12 anos onde_ sem saber o certo o significado dessa tal cara metade de que tanta falam_ achava que meus pais no meu caso mesmo não estando juntos, por questões da rotina a vida, eu pensava e afirmava que eles eram ou foram suas cara metade, talvez apenas pelo simples fato de me colocarem no mundo, e ela ter me carregado nos 9 meses da sua gravidez. Inocente eu! Pensar assim, e continuar pensando até meus sei lá 14, 15,16 anos (não lembro agora) será que existe isso mesmo? A tal da “cara metade”? O “feito um para o outro.” “até que a morte nos separe.” e blá blá blá.
Poderia expor minha vida íntima, meus relacionamentos para poder entender o porquê desse meu desencanto, meus questionamentos, interrogações.
Conheci alguém nos meus 17 anos, alguém que no começo só era uma amiga de internet, que como os outros meus contados não acharia que nada de mais poderia acontecer_ além da amizade que ao contrario do que é para acontecer_ e sempre passa, desgasta, o vento leva assim como trouxe numa rapidez difícil de acompanhar. Ela me colocou no céu, a minha auto-estima aumentava a cada dia, o coração batia, calor, frio na barriga, ainda me lembro da primeira vez que a vi, essas coisas que acontecem quando nos deparamos com a intimidade do nosso “amor”. Pessoa sega, imaginaria idealista e enfim apaixonada ia me tornando, ninguém se desliga dessa “droga” e em muitas vezes sã de sua existência, um vicio compulsivo, é querer estar sempre perto, mesmo que ninguém sabia que a rotina seja lixo, amarga e mórbida.
Eu me enganava sempre, depois das conversas esperadas o dia todo, ansiosamente por mim, entrar no MSN e encontra - lá era mais do que compensador, era mais. O tempo ia passando e aumentando às vezes em que ia visitá-la, com um pensamento na ida e outro na volta bem distorcido por sinal. Por um lado é perturbador lembrar-se de tudo isso, por outro é construtivo, eu aprendi, eu aprendo. Uma conversa no final da tarde via MSN tudo se acaba, acredite, via MSN. Acabaram “eu não Le amo mais”, “eu não consegui acompanhar a tua sintonia” essas coisas, essas desculpas tão clichê. Foi de desgaste, foi sofrido como de normal, eu perco meu orgulho eu ganho o meu orgulho, assim foi o roteiro desse final, não posso deixar de ressaltar que a minha integridade, o meu eu se fortaleceu, agora daqui pra frente o meu orgulho vai falar mais alto.
Acaba uma, e agora sem começo pra nem uma, sem estrutura, quero-me amar_ eu to me amando_ Mas a vida prega peças, ela gosta de brincar com ser humano. 31/12/2008 pra 2009 era o dia do meu aniversario, eu tatuaria uma fênix daqui alguns minutos, eu tava feliz, ué! Era um dia especial, importante por que além do meu aniversario era virada/ano novo eu tinha motivos de sobra pra colocar aquele sorrizão no meu rosto. Primeiro eu quero um abraço, na verdade eu quero abraço no plural, da minha mãe, avó, amigos e amigas _isso é bom, isso faz bem_ Pronto nessa hora já tinha feito quase tudo, tatuagem, beijado_ rápido no inicio e ficando lento ao passar dos segundos_ falado com alguns amigos, visitando, andado enfim... É hora de pegar a torta, eu tinha ganhando uma do Léo pra comemoração, ele tinha me prometido. Na correria de tudo, de todos, eu me lembro de um “oi” em direção a mim, era uma coelha, ou melhor, era ela*, uma mulher, eu nem sabia, mais o que ela tem de interessante, como ela é, a sua beleza, o jeito, tudo isso ia me atrair de uma maneira confusa, onde tudo que eu já tinha passado, as frustrações, traumas emocional, a minha antiga aventura, tudo, tudo isso ia se apagar da memória lentamente, como um processo, “eu não tive um passado rui” sim eu tive um passado rui, é estranho, mais aconteceu. No entanto, continuei pé no chão, eu não queria, eu não poderia me entregar demais, planos, idas e vindas de sua cidade, eu ainda não posso me entregar por inteiro, pé no chão Laydson! Pé no chão. Eu não vou me deixar levar por nada e nem por ninguém, elas* não merecem, nunca mereceram, deixa eu ficar assim com estou, e permanecer assim, sem muitas mudanças, porque a minha tal da “cara metade” não existe, ou existe? Difícil de entender. Bom, prefiro ser e ter esperança, eu sempre esperei, essa é a verdade.
Escrito por Laydson Stênio em 04 de abril de 2009.

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