domingo, 24 de maio de 2009

Enxergando



Olhar o que não vejo
Abrir as pálpebras cansadas
E, assim enxergar...
Ver o óbvio, ver o impossível
Coragem para acordar e sentir a luz
Coragem de lavar, limpar o olho adormecido
Lentes escuras pra quê?
O bom de tudo é sentir raios, o perigo radiante
Posso fechar-me, e assim ver o preto
Ouvir vozes, batidas, ruídos... Gritos
Um olhar azul, aquele triste, sofredor
E, no entanto, ver o óbvio, ver o impossível
Agora o olho chora águas, a lágrima
Aliviadas, saem contentes e amedrontadas
O instante agora é seco, a fase é seca
As lágrimas se esgotam, águas se esgotam
Um brilho, um sorriso, luz.


Stênio França, 22 de maio de 2009.

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