sábado, 20 de março de 2010

Normalmente eu









Estranho normalmente estranho

Poderia cantar "creep" numa boa

Poderia ser um E.T. de um planeta

Chegar lúcido e sair lúcido, louco.

Ser angelicalmente mau, ser bom, divino.

Feiúra bela, um belo feio de cabelos quase enrolados.

Poderia ser casto, casto é castidade, castanho, castigo.

Auto controle de nada, nado no vácuo, atropelo pessoas

Perfeição imperfeita do pretérito perfeito.

Alma cheia, alma suja e limpa.

Os meus olhos compensam o meu corpo

A minha mente reflete no quem sou eu

Extremamente e efemeramente meus.

Estranho é a vergonha que quase não sai do meu sorriso

Poderia rir e conquistar o mundo, ganhar mundos.

Poderia seduzir, poderia ser seduzido, induzido.

O meu ego nunca grita sozinho

O meu feliz é o feliz de tudo e de poucos

O ato é negro e às vezes brilha

Esquisito igual a um mosquito

Fechado, chegado, mau desarrumado, ligado.

Nem sou rima, sou conto, conto de crianças.

Meia noite eu volto de tudo eu volto pra casa

Poderia sim ser igual, poderia.

Estranho seria ser normal, eu.


Laydson Stênio, 20 de março de 2010.

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